Sobre a Neuropsicologia Clínica
Para finalizar, eis uma nota da minha experiência profissional nesta área: a neuropsicologia é um campo vasto em constante movimento, acção e retroacção. Felizmente estamos numa época de desenvolvimento tecnológico que nos permite validar certas teorias, perceber que estávamos errados noutras ou a caminho de perceber melhor outras tantas.
É necessário um investimento vertiginoso em horas de estudo para nos mantermos atualizados, mas os resultados vêem-se: mudam não somente vidas, mas vivências.
É com muito orgulho que sou neuropsicóloga. É sobretudo com muito trabalho a esta área do conhecimento científico.
A Neuropsicologia Clínica pode ser uma especialidade da Psicologia Clínica e da Saúde, embora em Portugal também exista a especialidade não vinculada a esta aprendizagem prévia.
Sendo, de forma geral, um ramo da Psicologia, aplicam-se, por isso, os mesmos princípios éticos, bem como de avaliação e de intervenção, baseados em estudos científicos do comportamento humano, em relação aos funcionamentos normal e anormal do sistema nervoso central.
Pretende-se com esta especialidade melhorar a compreensão das relações entre o comportamento, a personalidade, as cognições, as emoções, as sensações e a funcionalidade cerebral, aplicando-se o fruto desses conhecimentos à intervenção que se pretende dirigida aos problemas humanos, inclusivamente do quotidiano e não necessariamente psiquiátricos.
O conhecimento especializado e o treino nesta ciência aplicada das relações cérebro-comportamento são fundamentais em Neuropsicologia Clínica: há, para isso, um conhecimento especializado na neuroanatomia funcional, nos princípios da neurociência, no desenvolvimento cerebral, nos distúrbios neurológicos e suas etiologias, nas técnicas de neurodiagnóstico, na diferenciação entre o funcionamento normal e anormal do cérebro e, por fim, nas manifestações neuropsicológicas e comportamentais de perturbações neurológicas.
Os neuropsicólogos clínicos abordam problemas neurocomportamentais relacionados com distúrbios adquiridos ou com origem no neurodesenvolvimento.
Os tipos de problemas são extremamente variados e incluem condições como demência, distúrbios vasculares, doença de Parkinson entre outros distúrbios neurodegenerativos, lesões cerebrais traumáticas, distúrbios convulsivos, dificuldades de aprendizagem, distúrbios neuropsiquiátricos, doenças infecciosas que afectam o Sistema Nervoso Central, distúrbios do desenvolvimento neurológico, doenças metabólicas e neurológicas efeitos de distúrbios ou tratamentos médicos.
Os neuropsicólogos clínicos aplicam conhecimentos especializados na avaliação, diagnóstico, tratamento e reabilitação de indivíduos com transtornos neurológicos, médicos ou neurodesenvolvimento ao longo da vida. Os neuropsicólogos pediátricos prestam serviços clínicos a crianças e adolescentes (e as suas famílias, particularmente numa perspectiva de estimulação, habilitação e/ou reabilitação neuropsicológicas).
Os neuropsicólogos clínicos são especializados na avaliação clínica e no tratamento de distúrbios cerebrais. As habilidades essenciais incluem técnicas de avaliação neuropsicológica especializadas, técnicas de intervenção especializadas, design e análise de pesquisa em neuropsicologia, questões profissionais e éticas, abordagens culturalmente competentes em neuropsicologia e compreensão das implicações de condições neuropsicológicas para comportamento e ajuste.
A competência em neuropsicologia clínica requer a capacidade de integrar as teorias neuropsicológicas com os dados neurológicos e outros dados médicos do paciente, bem como com os seus dados psicossociais e outros comportamentais.
Para finalizar, eis uma nota da minha experiência profissional nesta área: a neuropsicologia é um campo vasto em constante movimento, acção e retroacção. Felizmente estamos numa época de desenvolvimento tecnológico que nos permite validar certas teorias, perceber que estávamos errados noutras ou a caminho de perceber melhor outras tantas.
É necessário um investimento vertiginoso em horas de estudo para nos mantermos actualizados, mas os resultados vêem-se: mudam não somente vidas, mas vivências.
É com muito orgulho que sou neuropsicóloga. É sobretudo com muito trabalho a esta área do conhecimento científico.
P.S.: Parte deste texto foi traduzido livremente, do link abaixo, embora tenha sido integrado com a experiência profissional e adaptado à realidade portuguesa:
https://www.apa.org/ed/graduate/specialize/neuro.aspx